sexta-feira, 17 de agosto de 2018
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Acerca de eventos com inscrição ou cobrados na igreja
Texto do Pr. Luciano Subirá
ACERCA DOS EVENTOS COM INSCRIÇÃO OU COBRADOS NA
IGREJA...
Muitos atacam todo e qualquer evento em que se cobra uma
inscrição para participação. Ao manifestarem-se assim eles acreditam defender a
Palavra de Deus, sem perceber, contudo, outros aspectos do que a própria
Escritura também destaca.
Durante muito tempo achei que não mereciam resposta alguma;
mas, porque acabam inflamando outros, penso que, no mínimo, os demais merecem
alguma explicação. Seja dos eventos com inscrição em que participo ou daqueles
que realizo.
O que estou postando não é pessoal e nem é dirigido a nenhum
comentário específico, uma vez que escrevi o texto há 9 meses. Estou publicando
a minha opinião porque, afinal de contas, essa é a minha página. Não farei dela
um fórum de debates. Não responderei a nenhum dos comentários e deletarei tudo
o que julgar que deva ser deletado. Espero tentar esclarecer algo sem ser
ofensivo e nem atacar ninguém.
Dito isso, então vamos por partes:
1) Não cobro para pregar a palavra de Deus. Nunca fiz e
nunca farei. Porque a Bíblia diz: “de graça recebestes, de graça dai” (Mt
10.8). Mas também não pago do meu bolso as despesas para viajar e pregar
semanalmente (salvo alguns projetos específicos), porque a mesma Bíblia diz que
“ninguém vai a guerra à própria custa” (1 Co 9.7). Então, embora a pregação
seja gratuita, alguém tem que pagar as despesas de viagem. E não pode ser o
próprio pregador! Ou será que nesse outro assunto a palavra de Deus deixou de
ter razão? Ela é a verdade num versículo mas não é em outro? No próprio texto
de Mateus 10, depois de falar para dar de graça o que de graça se recebeu,
Jesus fala sobre entrar numa casa digna e ali comer, e afirma: “pois digno é o
trabalhador do seu alimento” (Mt 10.10). Se por um lado o pregador não cobra,
então por outro, ele não banca suas despesas!
2) Todas as minhas mensagens estão disponíveis de graça na
internet (em audio, video e artigos), porque esse é o princípio bíblico. Mas
quando vendo meus livros (com os quais não ganho nada), não estou cobrando pela
Palavra de Deus, e sim pelo custo do material impresso. Há uma grande diferença
entre uma coisa e outra! Se não houvesse, nem mesmo a própria Bíblia poderia
ser comercializada...
3) Da mesma forma, igrejas e ministérios que tem
semanalmente suas portas abertas e reuniões de entrada franca, estão obedecendo
a ordem de Jesus de pregar de graça. Mas quando resolvem fazer um evento
específico, ocasional, que tem custos altos de transporte e hospedagem de
preletores e bandas, investimentos em divulgação, e muitas vezes até mesmo a
locação de auditório, equipamentos e geradores, o que está sendo cobrado é
custeio do evento em si (em cotas), não a proclamação que ali acontece. Em
nossa igreja, mesmo nos poucos eventos bilhetados que temos no ano, ainda
transmitimos gratuitamente pela internet (para quem está longe e também para
quem não pode ou não quer pagar a inscrição).
4) Não trago em meus eventos, para ministrar a palavra de
Deus, nenhum pregador que cobre por isso. Porque é anti-bíblico. Mas também não
o despeço de mãos vazias! Porque a mesma Palavra de Deus (citada no que convém
aos críticos) diz: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do
próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu
sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do
evangelho” (1 Co 9.13,14). E do que a Escritura está falando? Paulo havia
acabado de perguntar: “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito
recolhermos de vós bens materiais?” (1 Co 9.11). Isso não requer nenhuma
exegese profunda. Basta usar um pouquinho de inteligência...
5) Infelizmente a razão do protesto de muitos não é seu
senso de justiça sobre o que é correto, mas sua mesquinhez em pagar uma
inscrição e sua mentalidade parasita que acredita que tudo que ele recebe deve
ser sempre na lei do menor esforço e na transferência de responsabilidade para
os outros.
6) Se tem gente por aí fazendo da obra de Deus um jogo de
interesses (e reconheço que existem esses), é bom lembrar que eles certamente
serão julgados por isso, pois estão pecando. Mas generalizar e misturar quem é
sério com quem não é, sem ter conhecimento das coisas, é tão pecado quanto. E
também passível de juízo. Ou será que Deus vai julgar só os mercenários e não
os difamadores?
7) E para quem alega querer levar alguém para ouvir a pregação
gratuita do Evangelho, é só levar essa pessoa num culto semanal aberto. Simples
assim!
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Luciano Subirá,
Pastor cobrando pra pregar
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